Cerca de 24 horas depois, a nossa Oliveirense regressou ao Salvador Machado para dar continuidade à eliminatória das meias finais, frente ao Vitória Sport Clube. Impunha-se a necessidade de manter a intensidade da segunda metade do jogo anterior, corrigindo preparando e corrigindo pequenos detalhes que se impunham como obrigatórios.

O primeiro período foi novamente pautado pelo equilíbrio, com o Vitória a apresentar-se com uma estratégia tática semelhante à que havia escolhido para o primeiro jogo, apostando na utilização do bloqueio direto e também no uso de uma defesa alternativa que havia, de certa forma, perturbado as habituais dinâmicas ofensivas da nossa equipa, colocando sobretudo problemas no timing das decisões e ações coletivas. Já a nossa equipa pareceu entrar determinada em corrigir esses mesmos aspetos, imprimindo uma elevada intensidade defensiva, capaz de provocar 7 turnovers no Vitória, que vinham a ser traduzidos em situações de contra ataque. Esta intensidade era extensível às situações de ataque organizado, com a nossa União a apostar numa maior dinâmica e movimentação rápida da bola, desgastando e obrigando o coletivo do Vitória a maiores deslocações no seu espaço defensivo. João Balseiro e James Elissor vinham a ser os principais agentes concretizadores por parte da nossa equipa, ao passo que Miguel Maria Cardoso, mostrava-se empenhado em dar continuidade à grande exibição da tarde anterior.

O segundo quarto do encontro foi o melhor período por parte da nossa equipa, melhorando consideravelmente na defesa do bloqueio direto, conseguindo parar as iniciativas do base vimaranense, e cedendo apenas 9 pontos ao longo dos 10 minutos que antecediam o intervalo. O ritmo defensivo e ofensivo da Oliveirense foi ascendendo, terminando o período com um parcial de 11-0, e indo para o intervalo com uma expressiva vantagem de 54-33.

Apesar da vantagem confortável, os donos da casa não se demonstraram satisfeitos, mantendo o “pé no acelerador”, sufocando a equipa adversária que já ia revelando alguns sinais de desgaste, fruto da intensidade dos dois jogos. No final do 3º período a vantagem já era de 38 pontos (89-51), garantindo uma margem confortável para a gestão de esforços do quarto período, que viria a culminar com a vitória da Oliveirense por 99-68.

Fica a imagem de uma tarde de clara superioridade da nossa União, fruto da assimilação das correções táticas que se impunham, nomeadamente a nível defensivo, aliado a uma profundidade do plantel que permite uma extensa contribuição positiva de jogadores, facilitando a manutenção dos níveis de qualidade e intensidade defensivos e ofensivos.

Em termos estatísticos, na Oliveirense, realçaram-se James Ellisor (22pts, 6res, 1as), João Balseiro (14pts, 2as, 2rb), José Barbosa (14pts, 2as), Travante Williams (13pts, 4res, 5as, 2dl), Arnette Hallman (10pts, 5res, 3as) e Eric Coleman (8pts, 11res, 4as, 4rb), ao passo que no adversário minhoto deram nas vistas Miguel Maria Cardoso (18pts, 3res, 7as, 1rb) e Rod Nealy (12pts, 3res, 1as).

Toda a estatística da nossa equipa aqui.

Todas as fotos desta vitória aqui.

Uma nota de especial agradecimento ao incansável público Oliveirense, que mais uma vez, preencheu entusiasticamente as bancadas do nosso Dr. Salvador Machado, numa tarde em que a nossa União se colocou a uma vitória da tão desejada final.